ACADÊMICO, VOCÊ NÃO ESCAPA DA DEFESA DE TCC. PREPARE-SE!

E chegou o momento que todo ACADÊMICO procura evitar: DEFENDER UM TRABALHO na frente da turma e do professor. Nervosismo, suor, corpo trêmulo, distúrbios estomacais, dor de cabeça, pernas trançadas sem motivo, dançando pela sala sem música, não sabe onde colocar as mãos, olhos fixos no vazio menos no professor, o "CARRASCO". Tudo vem ao mesmo tempo, mas um dos piores sintomas que pode aparecer neste instante é o “BRANCO” na memória, ESQUECER o que ia apresentar. Aí a "casa cai”.   Vejo isso a todo instante em sala de aula quando meus alunos tem que DEFENDER ou APRESENTAR um trabalho. Paciência. Defender pontos de vista, falar com colegas e com o público será uma constante na VIDA PROFISSIONAL de todo acadêmico. E por que acontece isso?   Acontece porque o medo de se expor publicamente é algo presente em nossas vidas, inclusive para os PROFESSORES COMO EU, que tem que estar sempre na frente dos alunos. Há vários motivos que fazem com que nos resguardemos de encarar essa situação, como o perfeccionismo, nervosismo, autoimagem negativa, excesso de autocrítica, dificuldade de pronunciar certas palavras, sensação de ridículo, apresentações anteriores frustrantes, medo da responsabilidade proveniente do insucesso, falta de treino e por aí vai.   Independente do curso que esteja cursando, há momentos em que é necessário fazer apresentações orais de trabalhos em sala de aula. Além de ser importante para a AVALIAÇÃO do aluno, esta atividade é uma oportunidade para desenvolver a COMUNICAÇÃO, mostrar sua COMPETÊNCIA, pois essas poderão ser sempre requisitadas na vida profissional.   Nos meus anos como docente da Universidade do Estado do Pará, tenho observado a dificuldade que alguns acadêmicos (a maioria, diga-se de passagem) tem para fazer apresentação de trabalhos em sala de aula. Outros nem sequer ousam perguntar ou responder a uma questão oral durante as aulas.   A primeira coisa que TODO ACADÊMICO deve ter consciência, é que em uma sala de aula, todos estão no mesmo nível, pelo menos quanto à matéria ou curso, caso contrário não estariam ali. O ambiente acadêmico é um laboratório de APRENDIZAGEM e APERFEIÇOAMENTO. Por isso, o estudante, seja ele de qualquer nível acadêmico, PODE E DEVE ERRAR. Esse processo faz parte do APRENDIZADO. A universidade é o ambiente de preparação do indivíduo para o mercado de trabalho. Este sim, NÃO COSTUMA PERDOAR QUAISQUER ERROS. Erre tudo o que tem que errar na universidade, para cometer erros novos na vida profissional.   Nas bancas de avaliação de TCC em que participo (e que os alunos procuram postergar sempre que podem) ou na apresentação de trabalhos em sala de aula, verifico que o maior problema das apresentações de trabalhos acadêmicos é a FALTA DE DOMÍNIO e CONHECIMENTO sobre o assunto. O outro é apresentar o TRABALHO EM EQUIPE.   É importante ressaltar que, os trabalhos aplicados em equipes são, principalmente, para avaliar o grau de COMPROMETIMENTO entre os acadêmicos, fazê-los interagirem e desenvolver a capacidade de TRABALHAR EM EQUIPE e de LIDERANÇA.   Observo que as apresentações de trabalhos em equipe, mais se assemelham a um FUZILAMENTO. Todos de pé em frente ao “PELOTÃO” (o professor ou a banca avaliadora), uns com os pés sujando a parede da sala, alguns cochichando entre si, outros imersos em seus assuntos esperando “SUA VEZ” de falar a “SUA PARTE”, enquanto o coitado da vez é EMPURRADO OU JOGADO AOS LEÕES. Para os inexperientes, os tímidos ou mesmos os que têm pavor de apresentações em público, este momento é UM TERROR.   No entanto, quando a situação requer ir para frente mesmo, alguns pontos devem ser observados: evite ficar com pé na parede, ESTEJA ATENTO ao assunto que está sendo explanado pelo colega, veja o que pode ser extraído para enriquecer a sua fala. Quem está apresentando deve ficar um passo à frente dos demais e ao concluir seu conteúdo, evite o vicio que a maioria tem tipo, “AGORA FULANO VAI FALAR SOBRE…”. Volte ao grupo sem conversas paralelas em respeito ao colega e aos demais presentes. Para quem vai dar continuidade à apresentação, em momento algum deve usar expressões do tipo: “PEGANDO O GANCHO DO FULANO”, ou então: “ AGORA VOU FALAR SOBRE TAL ASSUNTO”, e o pior, a “VISÃO DO INFERNO”: “NA MINHA PARTE...”.   Sugiro iniciar a apresentação com uma PERGUNTA que instigue os espectadores a refletir sobre o assunto. Pergunta essa que possa ser RESPONDIDA POR VOCÊ ou um dos membros do grupo, lógico. Destaque a IMPORTÂNCIA DO TEMA ou assunto em questão e tente relacionar o tema com o passado, presente e futuro ou se possível com algum fato histórico. Mesmo durante a explanação lance perguntas a serem respondidas durante a sua apresentação. Esta técnica vai manter o público e o professor atento, além de DEMONSTRAR CONHECIMENTO e DOMÍNIO do conteúdo.   Ao apresentar um trabalho acadêmico, lembre-se de que você e sua equipe serão avaliados principalmente pelo grau de CONHECIMENTO, domínio do CONTEÚDO, CRIATIVIDADE na forma de apresentação, uso do TEMPO disponível, os MÉTODOS utilizados na coleta dos dados, ORGANIZAÇÃO e INTEGRAÇÃO da equipe, capacidade de TRABALHAR EM EQUIPE, capacidade de análise crítica sobre o tema proposto sem esquecer o componente LIDERANÇA. E não pela eloquência das palavras, beleza das roupas, ornamentos ou quantidade de slides. Durante a apresentação, procure demonstrar conhecimento sem “estrelismo”, apresentando os dados e os raciocínios com coerência e sensatez.   Apresentar um trabalho acadêmico fazendo apenas a LEITURA DO QUE ESTÁ ESCRITO NOS SLIDES, não demonstra a capacidade nem o grau de conhecimento por parte de quem apresenta. Dessa forma, qualquer indivíduo alfabetizado, mesmo sem conhecer o assunto, poderá estar apto a apresentar um trabalho acadêmico. Não se trata de eliminar a utilização do datashow, mas compreender que este é apenas uma ferramenta para facilitar a apresentação de seu conhecimento.   Atentando para essas sugestões e observações, você vai ver que fica um pouco mais agradável ficar à frente do famigerado "PELOTÃO DE FUZILAMENTO".   A MELHOR HABILIDADE A ADQUIRIR PARA VENDER A SI MESMO É A DE FALAR EM PUBLICO.   Augusto Cesar tem MBA em Cerimonial, Protocolo e Etiqueta em Eventos Institucionais (www.augustolima.com.br), professor da UEPA para o curso de Secretariado Executivo Trilíngue, Chefe do Cerimonial da UFRA e Mestre de Cerimônias. CV: http://lattes.cnpq.br/4932785716921679.

Em 17/10/2016 - 09:54:57