Como escrevi no artigo anterior (“Contratar profissionais em eventos é investimento e não custo” – disponível em www.augustolima.com.br), são raras as vezes em que sou contratado para prestar assessoria e consultoria de PROTOCOLO em eventos. Talvez porque quem contrata, desconheça o significado e a importância do PROTOCOLO EMPRESARIAL e PÚBLICO.
Volto a esse assunto, porque na próxima semana vou ministrar uma oficina para alunos do curso de Secretariado Executivo da Universidade Federal da Paraíba, campus de Mamanguape, e o tema que a professora Janete junto com a professora Belle Santiago querem que enfatize é justamente PROTOCOLO. Então vamos ao PROTOCOLO.
Já fiz alguns eventos internacionais em que a minha função era ser “O PROTOCOLO”, ao invés de “CERIMONIALISTA”, “LOCUTOR” ou “MESTRE DE CERIMÔNIAS”. Observei, recente, que nas cerimônias do Rotary sempre tem um “RESPONSÁVEL PELO PROTOCOLO”. Mas, qual realmente, é a IMPORTÂNCIA do PROTOCOLO para nós, para as empresas e para o CEO?
Saibam então que a vida sem regras (PROTOCOLO) seria, no mínimo, um autêntico caos. Em menor escala, esta constatação aplica-se, com toda a certeza, aos eventos públicos, sociais e profissionais (corporativos, empresariais e acadêmicos). Na verdade, as regras - ou o PROTOCOLO - servem para poupar ao ORGANIZADOR DE EVENTOS (CERIMONIALISTAS), muitos problemas e constrangimentos além de estabelecer um DIFERENCIAL no mercado (isso rende dividendos e valor agregado) e na mente do cliente.
O PROTOCOLO – no Estado, como nas empresas – destina-se a afirmar e a encenar o PODER constituído. E, como o PODER, se quer forte e estável, o PROTOCOLO é, não pode deixar de ser, rígido.
Mas, em regra, as PRECEDÊNCIAS (Protocolo também é estabelecer precedências), são para se respeitar quando se trata, é claro, de eventos oficiais ou empresariais. Nestes, ao contrário do que sucede nas reuniões sociais, em que as mulheres precedem os homens e os mais velhos precedem os mais novos, quem passa à frente ou ocupa o melhor lugar é sempre QUEM TEM MAIS PODER (precedência), quem é MAIS IMPORTANTE, independentemente do sexo ou da idade.
É por isso, também, que uma antiga REGRA DE CORTESIA – a que poupava às mulheres os incômodos lugares nas extremidades das mesas – deixou também de se aplicar. Se elas forem MENOS IMPORTANTES (de menor hierarquia) do que os homens que nessa mesa também irão sentar, não têm outro remédio senão ocuparem os lugares menos nobres: a EXTREMIDADE da mesa.
Pela minha experiência, as falhas mais frequentes em termos de PROTOCOLO na organização de um evento, acontecem quando não há harmonia em três pilares que todo evento deve se basear: PROTOCOLO, COMUNICAÇÃO e SEGURANÇA. Quando não há coordenação entre os responsáveis por estas três áreas, a imagem institucional projetada do cliente e de quem organiza o evento está fadada ao desastre. As falhas se deve frequentemente, à ausência dos chamados três “Bs” em que o PROTOCOLO deve se assentar: BOM SENSO, BOA EDUCAÇÃO E BOM GOSTO.
O PROTOCOLO não ensina apenas a melhor forma de receber uma pessoa ou estabelecer o lugar em que ela se deve sentar. Também ajuda muito quando o CEO de uma empresa quer relacionar-se adequadamente com os seus clientes, fornecedores ou colaboradores, ambicionando, sobretudo, que todos se sintam bem tratados (esse recado é para os acadêmicos do curso de Secretariado Executivo que breve estarão entrando no mundo corporativo). E isto significa dar a cada um o lugar que lhe compete, segundo as funções que exerce – “DAI A CESAR O QUE É DE CESAR”. Nisto consiste o PROTOCOLO.
Numa época em que a IMAGEM É TUDO e em que PARECER vale por vezes mais do que SER, a importância do assunto PROTOCOLO ganha fôlego redobrado e deve merecer toda atenção daquele que organiza eventos de qualquer tipo, incluindo os de cunho social, sem esquecer os futuros SECRETÁRIOS EXECUTIVOS.
O Assessor de Eventos deve saber utilizar todos os instrumentos de comunicação (EVENTO É COMUNICAÇÃO) ao seu alcance para passar a mensagem de um evento de sucesso e prestígio. Deve prestar atenção aos detalhes a todo o instante, pois, e isto é um lugar comum, basta um pequeno DESCUIDO para ARRUINAR UMA IMAGEM que se demora anos para construir. Questões como o que vestir, pontualidade, cartões de visita, forma de cumprimentar, o que oferecer, entre outras, cabem no âmbito do PROTOCOLO EMPRESARIAL.
Fica claro assim, que a empresa organizadora de eventos necessita de pessoas especializadas em PROTOCOLO, que saibam utilizar os seus conhecimentos como um INSTRUMENTO DE COMUNICAÇÃO e AGREGAÇÃO DE VALOR ao serviço prestado.
Pormenores, minudências, futilidades? Muito pelo contrário. O PRESTÍGIO, a AUTORIDADE, o PODER também passam por aqui. Tal como o PROTOCOLO.
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Augusto Cesar é Especialista em Cerimonial, Protocolo e Etiqueta em Eventos Institucionais (www.augustolima.com.br), professor da UEPA para o curso de Secretariado Executivo Trilíngue e Mestre de Cerimônias. CV: http://lattes.cnpq.br/4932785716921679.
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